Noves meses depois, a morte cruel do recepcionista no Hospital Roberto Silvares Angelica Aparecida Oliveira, à época com 49 anos, ainda é um mistério. Confira na reportagem de Wilson Rodrigues, da Rede Notícia.
O corpo dela foi encontrado no banco do passageiro dentro do próprio carro em chamas, na manhã do dia 27 de agosto do ano passado, em uma estrada de terra no Córrego das Araras, na Zona Rural de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. O corpo da vítima ficou totalmente carbonizado, e o carro foi destruído pelo fogo. O caso é tratado pela Polícia Civil como homicídio.
Questionada sobre como anda a investigação e se os suspeitos já foram identificados, quem são eles e qual a motivação do crime, a Polícia Civil, responsável pela investigação do assunto se limitou a dizer que “detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto”.
Auxiliar administrativo do maior hospital da região, o Hospital Estadual Dr. Roberto Arnizaut Silvares, Angelica Aparecida Oliveira, trabalhava na recepção da unidade, em regime de designação temporária, desde dezembro de 2021.
Na época, o marido de Angelica, Aleone Souza, contou à reportagem que a mulher saiu de casa em Jaguaré às 4h da madrugada do dia 27 de agosto no carro que lhe pertencia, e daria carona a uma pessoa que ele não soube dizer quem era. A investigação apontou que a vítima não teria dado carona a essa pessoa. Ao saber que um veículo havia sido achado incendiado, Aleone contou que foi ao local, e reconheceu o carro como sendo o de Angelica. No banco do passageiro do veículo, havia uma ossada humana, que a perícia apontou no dia do fato como sendo uma ossada feminina. Dias depois, veio a ser confirmada pela Polícia Científica, como sendo a ossada de Angelica.
Ainda em conversa com a reportagem da Rede Notícia à época, Aleone contou que ele e Angelica moravam juntos há 18 anos, têm um filho juntos, à época de 11 anos. Ela tinha outros três filhos de outro relacionamento. O marido disse na ocasião que desconhecia qualquer inimizade, e contou que a mulher era “tranquila” e que estava cursando enfermagem. Quando questionado em junho deste ano sobre o caso, o viúvo disse que não poderia dizer à imprensa nada sobre o fato.
Movida pela curiosidade, a reportagem da Rede Notícia descobriu, junto ao Tribunal de Justiça (TJES), que Angelica Aparecida Oliveira possuía uma série de ações judiciais movidas contra pessoas que tinham pendências financeiras com ela.
Explicando em miúdos: a ação de cobrança é ação causal, na qual o negócio jurídico é o foco do litígio (conflito de interesses) e não o simples inadimplemento, na qual o cheque não pago representa apenas indício de prova da dívida.