Se existe empate com sabor de vitória, o Real Noroeste pode comemorar o 1 a 1 com a Portuguesa-RJ na tarde deste sábado (4), no Estádio Joquim Alves da Souza, em Barra de São Francisco.
Depois que Lailson conseguiu a proeza de ser expulso com apenas sete minutos em campo (entrou no intervalo, levou um cartão amarelo Infantil com 2 minutos e o vermelho aos 7), o Real, com um jogador menos, foi dominado pela Lusa durante todo o segundo tempo.
Com um gol de Robert aos 9 minutos, aproveitando bem a bola cruzada sa direita para pegar o goleiro Bruno no contrapé, o Real Noroeste chegou ao final do primeiro tempo por 1 a 0.
Fez muito calor em Barra de São Francisco, na microrregião Noroeste capixaba, a 250 quilômetros de Vitória, o que levou os times a imprimirem um ritmo lento à partida na primeira etapa.
A Lusa carioca teve uma grande chance de empatar aos 40 minutos, quando João Paulo, seu jogador mais efetivo até aquela altura, recebeu excelente passe em profundidade.
Porém, apareceu o goleiro Neguete, melhor jogador do Campeonato Capixaba 2024 atuando pelo campeão Rio Branco. O goleiro cresceu para cima de João Paulo e fez grande defesa na entrada da área.
Na etapa final, a expulsão de Lailson complicou a vida do Real, que passou a se defender como podia. Mas, aos 26 minutos, Marcelo Toscano aproveitou uma sobra na área, chutou e a boa desvio na Zaha, enganando Neguete: 1 a 1.
A pressão continuou e, já nos acréscimos, aos 48 minutos, Ernane Brocador cavou um pênalti, que ele mesmo desperdiçou, chutando a bola no travessão.
O Real Noroeste ainda teve duas chances em contra-ataques com vantagem no número de jogadores, mas faltou tranquilidade e qualidade no passe para consumar as jogadas.
No final, enquanto o Real respirava aliviado, os jogadores cariocas sentiam gosto de derrota no empate e Ernane, cobrado por João Paulo pelo pênalti perdido, discutiu rispidamente com o colega de equipe, tendo que ser contido pelos demais jogadores.
FESTA
A cidade de Barra de São Francisco viveu um clima de festa desde cedo neste sábado (4) na expectativa do jogo de estreia do Real Noroeste no estádio Joaquim Alves da Souza, contra a Portuguesa.
O jogo é histórico: pela primeira vez a maior cidade da microrregião Noroeste do Espírito Santo sedia um jogo do Campeonato Brasileiro e a expectativa é grande, mesmo sendo a Série D.
“Nossa população adora futebol e o Real é o representante do Norte do Estado no Campeonato Brasileiro. Por isso, colocamos nossa casa à disposição deles”, disse o prefeito Enivaldo dos Anjos, que já presidiu o Rio Branco, de Vitória, e liderou o movimento de atração do time de Águia Branca para jogar em Barra de São Francisco.
Apesar do calor, que afastou muita gente, o público foi de 810 pessoas, o maior público do Real jogando em casa, o que demonstra o acerto na mudança de casa.
