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Turismo do Espírito Santo alcança 7ª posição na participação no mercado de trabalho no 4º trimestre de 2023

O Espírito Santo alcançou a 7ª posição entre as Unidades Federativas (UFs) no ranking de participação no mercado de trabalho da economia do turismo no 4º trimestre de 2023. O percentual registrado foi de +9,5%, superando a média nacional (+9,2%) e ficando à frente de estados que são referência no setor, como a Bahia (+9,1%).

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18), durante a transmissão ao vivo do Boletim Economia do Turismo, realizada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e pela Secretaria do Turismo (Setur).

Para o diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, o turismo capixaba mostrou desempenho positivo ao longo de 2023. “O Espírito Santo tem se destacado em diferentes segmentos da economia. No turismo, como consta no Boletim, o desempenho foi positivo. Conseguimos combinar crescimento, geração de emprego e renda, e redução na taxa de informalidade no mercado de trabalho”, destacou.

Em números absolutos, o Espírito Santo registrou 195.510 pessoas ocupadas nas atividades do turismo. Resultado puxado pelo setor da Alimentação (107.111), seguido por Transporte (60.930). Apesar das atividades turísticas no Espírito Santo terem registrado variação negativa de -7,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, no acumulado do ano, as atividades turísticas capixabas registraram crescimento de +1,2%.

O diretor de Integração do IJSN, Antonio Rocha, explicou que esse resultado é reflexo da alta da inflação no Espírito Santo, que, no quarto trimestre de 2023, foi maior do que no Brasil:

“Esse decréscimo do 3º para o 4º trimestres no volume de atividades turísticas, tendência acompanhado por Brasil (-1,6%) e Sudeste (-2,2%), se explica um pouco pela inflação registrada pelo Estado, que foi maior do que no Brasil. Por exemplo, o preço das passagens aéreas que somente no último trimestre de 2023 registraram um aumento de 65%. Tivemos também um aumento maior do que o Brasil nos combustíveis, alguns serviços relacionados a despesas pessoais (recreação), alimentação fora do domicílio, isso tudo impactou no volume das atividades turísticas”, destacou Antonio Rocha.

Outro dado interessante é referente à taxa de informalidade (34,7%), que no acumulado do ano de 2023 registrou queda, quando comparado ao ano anterior (36,4%). O percentual também ficou abaixo da média nacional, que, em 2023, chegou a 46,5%.

O Boletim Economia do Turismo no Espírito Santo é resultado de uma parceria entre o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a Secretaria do Turismo (Setur) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). O Boletim completo pode ser acessado em:  https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/boletins/economia-do-turismo.

Pesquisa perfil do Turista

Na transmissão do Boletim da Economia do Turismo, também foi apresentada pelo coordenador do Observatório do Turismo, Rafael Granvilla, a Pesquisa perfil do Turista – Verão e Carnaval 2024. O estudo analisou os seguintes quesitos: a Origem, o Perfil socioeconômico, Informações da Viagem e a Avaliação do Destino. Um dos destaques da pesquisa foi para avaliação sobre hospitalidade e receptividade, que, durante o Verão, registrou um percentual de 88,8% e no Carnaval de 88,6%.

Para o secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos, essa pesquisa demonstra o potencial turístico do nosso Estado. “Essa pesquisa oferece uma visão detalhada do comportamento e das preferências dos turistas que visitaram os destinos durante o Verão e o Carnaval de 2024. Foi muito animador ver que 98% dos turistas recomendam nosso Estado. Isso é resultado de políticas públicas que dão certo e da dedicação da Setur em fomentar o turismo capixaba. Além disso, a pesquisa fornece uma base sólida para o que possamos continuar trabalhando pelo desenvolvimento e em busca de estratégias para a melhoria da experiência”, frisou.

Segundo a Pesquisa, durante o Verão, 45,14% dos turistas que viajaram pelo Estado são de cidades capixabas; em segundo lugar estão os mineiros (33,69%), e, em terceiro, os cariocas (10,49%). O ranking se repete também durante o Carnaval quando o percentual registrado foi de 53,24% de capixabas, 28,15% de mineiros e 11,32% de cariocas.

O coordenador do Observatório do Turismo, Rafael Granvilla, reitera a importância do estudo. “Estamos comprometidos em usar esses insights para aprimorar a política de turismo. Os dados são fundamentais para monitorar os resultados das políticas e apontar as oportunidades de melhoria para gestão”, salientou.

Entre os entrevistados, viajaram a lazer 83% no Verão e 83,8% no Carnaval. Das pessoas que viajaram durante o Verão e também durante o Carnaval, 98,9% disseram que recomendariam o destino. Foram entrevistas na Pesquisa 2.669 pessoas em 19 municípios no Verão e 1.964 no Carnaval em 21 municípios.

Para a especialista e professora Maria Aparecida Javarini (UVV), o acesso aos dados é fundamental para o desenvolvimento do turismo no Estado: “É muito importante para a governança estudar por meio da pesquisa. É algo fundamental para que a atividade se fortaleça. Hoje, quando eu olho para a governança e a capacidade que o gestor tem de se beneficiar desses dados para a aprendizagem social para o turismo, vejo o quanto já avançamos”, disse.


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