Representantes da reitoria da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se reuniram novamente com o comando de greve da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), na tarde desta terça-feira (16), para tratar sobre os próximos passos da paralisação. Um dos pontos defendidos pela instituição foi a reabertura dos portões de acesso ao campus de Goiabeiras.
O pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil, Antônio Carlos Moraes, da Ufes, afirmou que o acesso livre à universidade é o essencial para a comissão.
“Essa universidade é pública. É um direito de todos o livre acesso a ela”, disse a pró-reitora de Graduação, Cláudia Gontijo.
De acordo com a Ufes, apesar da conversa, o comando de greve reafirmou que não é possível garantir a abertura dos portões do campus de Goiabeiras a partir desta quarta-feira (17).
Diante disso, foram repassados outros pontos de urgência, segundo a universidade, para a garantia de exercício de atividades consideradas indispensáveis, como a abertura do Restaurante Universitário e o acesso à escola municipal, para as quais é necessária a entrada de servidores no campus.
“Como a abertura do Teatro Universitário para a realização de eventos acadêmicos e culturais previamente agendados, serviços realizados por empresas terceirizadas e o acesso dos diretores aos centros de ensino, entre outras”, afirma a Ufes.
Ainda segundo a universidade, também foi discutida a participação de representantes estudantis no grupo de trabalho que acompanha a greve dos professores.
“Foi acordado que, assim como os professores, os estudantes terão quatro representantes. A Reitoria aguarda a indicação dos nomes dos docentes e dos estudantes que constituirão o grupo.”
Além disso, também foi mantida a decisão sobre a continuidade do pagamento de auxílios e bolsas estudantis.
A reportagem do Folha Vitória procurou a Adufes para comentar sobre a reunião. A matéria será atualizada assim que houver retorno.
Pelas redes sociais, a Adufes informou apenas que o formulário do Comitê de Atividades Imprescindíveis tem como objetivo receber as demandas que foram programadas antes da deflagração da greve da categoria docente da Ufes, e que necessitam de análise para a sua manutenção, como eventos, bancas e concursos.
“As análises serão realizadas e respondidas pelo Comando de Greve, com a indicação de representação do Comando na atividade mantida para intervenção política com informe sobre a greve.”
Na última segunda-feira (15), a Adufes informou que a Ufes suspendeu o almoço no RU, por isso a Associação comprou 600 marmitas, que foram distribuídas para estudantes nos campi de Goiabeiras e Maruípe.
Fonte: Folha Vitória