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Sul da Bahia ferve com invasões, torturas, famílias expulsas, mortes

A violência voltou com força ao Extremo Sul da Bahia, acentuando-se conflitos entre fazendeiros e grupos armados, após um período de tréguas em função da criação da Força Integrada de Segurança, que intensificou as rondas nas áreas de tensão por parte da Polícia Militar.

Essa atuação do Estado havia feito refluir as chamadas ações de “retomadas” promovidas por um movimento indígena, escudao na polêmica do marco temporal, que segue em discussão no Supremo Tribunal Federal.

Nos últimos dias, as ações de retomadas, materializadas através de invasões violentas de terras produtivas por supostos indígenas, voltaram a acontecer na região, com famílias sendo expulsas de suas propriedades rurais, onde moram há décadas e de onde retiram a sua subsistência, por meio da agricultura ou da pecuária.

Os invasores, que se dizem indígenas (com o reforço de pseudo-indígenas) jugam por eles mesmo que as terras são suas mesmo sem a definição do marco temporal ampliando a área indígena, o que torna essas ações criminosas.

No último sábado (08), uma ação dessa natureza, liderada por um homem identificado como “Cacique Alessandro”, à frente de aproximadamente 50 homens, encapuzados e fortemente armados, conforme fora registrado em boletim de ocorrência, ocorreu na Fazenda Monte Alto, localizada em Corumbau, distrito de Prado/BA, de propriedade de Dijalma Galão.

Morador agredido em invasão de propriedade por homens armados em Prado (BA)

Na invasão, os supostos indígenas, vez que havia pessoas sem traços físicos dos povos originários, agrediram funcionários e moradores do local. Segundo o boletim de ocorrência, os funcionários foram torturados psicológica e fisicamente, com coronhadas e estocadas com os canos de armas de fogo.

Em seguida, os trabalhadores foram escoltados até a saída do imóvel em meio aos estampidos dos disparos de arma de fogo e incumbidos de levarem ao proprietário a mensagem nos seguintes termos: “Se Dijalma vier para negociar ou mandar a polícia, iremos invadir a sede da fazenda, matar ele, a família e beber o sangue deles”.

Fotos veiculadas em grupos de WhatsApp mostram os corpos dos funcionários com lesões semelhantes às resultantes de tortura física.

No domingo (09), com o apoio de policiais militares da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (Caema), com sede no distrito de Posto da Mata, mesmo contrariando a ameaça do grupo, o proprietário dirigiu-se ao local invadido e a polícia conseguiu negociar a retirada do gado e uma parte dos bens, pois a outra parte já havia sido destruída.

]Segundo o proprietário, quando da chegada da policia no local, havia três caminhonetes usadas pelo grupo e outras pessoas evadiram em uma caminhonete nova, deixando entender que estão sendo financiados por algo ou alguém que está se beneficiando com as ações criminosas.

A área segue ocupada pelos invasores e o proprietário informou que buscará os meios legais para reaver o imóvel. Na tarde de segunda-feira (10), as vítimas foram submetidas a exame de lesões corporais no IML de Itamaraju e a ação criminosa está sendo apurada pela Delegacia Territorial de Prado, onde a ocorrência foi registrada pelo proprietário, o qual relatou à redação que precisa da proteção do Estado para a sua família e para o seu imóvel rural diante da grave ameaça e salientou que a sua fazenda além de produtiva gera emprego e renda para várias famílias, dentre essas indígenas.

ASSASSINATO DE INDÍGENA

O clima de insegurança piorou em Corumbau e Cumuruxatiba, após  um grave episódio de violência ocorrido na noite desta terça-feira (11). A ocorrência foi registrada na Aldeia Terra à Vista, localizada na zona rural de Prado, e envolveu invasão armada, disparos de arma de fogo, incêndios, uma vítima fatal e dois desaparecidos.

Segundo informações preliminares, um grupo de homens fortemente armados tomou a sede de uma fazenda situada na área de demarcação da aldeia Terra à Vista. Testemunhas relataram que os criminosos cortaram a energia elétrica do local antes de darem início aos ataques.

Um indígena foi morto e outros dois estão desaparecidos. Veículos foram incendiados durante o ataque, e agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que atuam na região, solicitaram apoio imediato da Força-Tarefa de segurança.

A polícia já está investigando o caso e busca identificar os responsáveis pelo ataque, além de esclarecer as motivações por trás do ato de violência.

Sites noticiosos da região informam que o clima de tensão se agrava na região, deixando moradores e líderes comunitários em estado de alerta.

Autoridades locais pedem reforço na segurança e um olhar mais atento das instituições responsáveis pela proteção das comunidades tradicionais e da população em geral. A população aguarda por respostas e medidas que possam garantir a paz e a segurança na região.

“OCUPAÇÃO CAPIXABA”

Desde que a região foi empobrecida pela crise dos cacueiros, um novo impulso de desenvolvimento econômico ocorreu nos últimos 30 anos com a chegada de muitos agricultores do Norte do Espírito Santo para plantar café, pimenta-do-reino, mamão e outras culturas.

Muitas famílias que agora estão sendo expulsas de suas terras têm origem nessa migração de capixabas para o Extremo Sul da Bahia, que desponta principalmente na produção de café conilon, com um crescimento de 13% na sua produção.

Paralelo a isso, municípios da região têm sido ocupados por organizações criminosas, algumas com vinculações nacionais, resultado no aumento da violência em torno do tráfico de drogas. (Da redação com Bahia Extremo Sul e Itamaraju Notícias)

 

Veja vídeo: Sul da Bahia ferve com invasões, torturas, famílias expulsas, mortes
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