Os ministérios de Minas e Energia do Brasil e Mineração da República do Chile assinaram nesta segunda-feira, 5, uma carta de intenção para ações conjuntas na exploração e desenvolvimento de minerais estratégicos, olhando para a pauta de transição energética nos dois países.
O documento, com a assinatura do ministro Alexandre Silveira e da ministra chilena Aurora Williams Baussa, prevê o incentivo a políticas que procurem atrair investimento estrangeiro direto no setor mineiro, além da necessidade de facilitar o intercâmbio de conhecimentos técnicos e tecnologias entre os países. Outra frente é a “adoção de tecnologias avançadas e práticas de mineração digital”.
A declaração de intenções cita, como perspectiva, uma integração do setor na América do Sul, para além do acordo bilateral. Hoje, o Brasil exporta o minério de alumínio, cobre, ferro, grafita, manganês, entre outros. Por outro lado, há importação de minério de fosfato, potássio e o minério de molibdênio, por exemplo.
O documento assinado entre os dois países dispõe sobre uma maior transparência do setor mineiro nos respectivos países, cooperação em P&D (pesquisa e desenvolvimento), bem como o estabelecimento de programas de qualificação e formação da mão de obra setorial nos dois países.
O acordo prevê ainda a articulação entre Brasil e Chile em organizações internacionais e regionais para “discutir políticas e ações no setor, incluindo os minerais necessários para a transição energética”.
Os ministérios de Minas e Energia do Brasil e Mineração da República do Chile vão designar, individualmente, um coordenador responsável pela implementação prática do que está previsto na Carta.
O ministro Silveira acompanha o presidente Lula em agenda na capital do Chile, Santiago. Na mesma ocasião, foi assinado com o ministro de Minas e Energia do Chile, Diego Pardow, uma declaração conjunta para a criação de um grupo de trabalho sobre combustíveis sustentáveis de aviação (SAF).
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