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CSN: lucro bruto supera R$ 3 bilhões. Dívida líquida aumenta

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou receita líquida de R$ 10.881,7 milhões no segundo trimestre de 2024, um crescimento de 12% quando comparado com o primeiro trimestre do ano, como resultado da melhora no desempenho do segmento de siderurgia, além do efeito positivo da sazonalidade do período, ao proporcionar uma maior atividade produtiva e comercial tanto para a mineração quanto para cimentos. Entre os principais destaques operacionais verificados no período, são mencionados os recordes de vendas no segmento de cimentos e o segundo maior volume de minério já produzido na história da companhia (produção própria). 

Por sua vez, o lucro bruto atingiu R$ 3 bilhões no trimestre, com uma margem bruta de 27,6%, o que corresponde a um aumento de 5,0% sobre os três meses iniciais de 2024 e reflete a melhora operacional verificada nos principais segmentos de atuação da companhia. No segundo trimestre do ano, a CSN registrou um prejuízo líquido de R$ 222,6 milhões, uma melhora de 53,6% em relação ao trimestre anterior, mas ainda no campo negativo, como consequência do aumento das despesas financeiras e da maior incidência de impostos referentes ao desempenho das subsidiárias, impactando diretamente a linha de Imposto de Renda e Contribuição Social e compensando a melhora operacional verificada no período.

O EBITDA Ajustado da CSN alcançou R$ 2.645 milhões entre abril e junho deste ano, o que revela um aumento de 34,5% na comparação com o trimestre anterior, com uma margem EBITDA Ajustada de 23,2%. O crescimento é fruto de uma combinação de resultados operacionais mais fortes registrados no trimestre, com recordes operacionais em cimentos e na mineração. O trimestre foi marcado ainda pela recuperação no segmento de siderurgia, que a despeito de permanecer com margens bastante comprimidas, na comparação com as médias históricas, já apresenta sinais de melhoria, principalmente quando se observa as perspectivas de volumes e preços. 

Em 30 de junho, a dívida líquida consolidada da CSN atingiu R$ 37.156,0 milhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 3,36x, o que representa um aumento pontual de 23 basis points em comparação ao trimestre anterior. O aumento do indicador reflete exclusivamente o impacto da variação cambial nas dívidas em dólar, que acabou mais do que compensando a melhora operacional observada no período. Mesmo com esse impacto não projetado, a CSN diz que mantém compromisso de reduzir o seu nível de endividamento e avança em projetos que ajudem na reciclagem de capital do grupo. Adicionalmente, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 16,573,0 bilhões. 

A CSN investiu R$ 1.356,0 milhões no segundo trimestre, um valor 69% superior em relação ao que foi investido no começo do ano e +36,8% em relação ao investido no mesmo período de 2023, com destaque para o segmento de siderurgia, com uma série de ações para aumentar a eficiência na aciaria, sinterização e modernização como um todo das operações na UPV. Adicionalmente, a CSN realizou aportes correntes para manutenção da capacidade operacional da mineração, além de avanços nos projetos de expansão de capacidade, principalmente relacionados às novas compras de equipamentos da P15. 

A CSN produziu 883,4 mil toneladas de placas no segundo trimestre, um desempenho 5,2% inferior em relação ao trimestre passado, porém 20,7% acima do verificado no mesmo período de 2023. O resultado foi impactado por manutenções programadas na sinterização. Seguindo a mesma tendência, a produção de laminados planos atingiu 828,9 mil t, o que representa uma redução de 3,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas um crescimento de 7,0% na comparação anual. O destaque do trimestre foi a produção de aços longos, que cresceu 6,3% em relação ao trimestre anterior e 29,1% em relação ao segundo trimestre de 2023. As vendas totais somaram 1.122,6 mil toneladas, um acréscimo de 3,3% em relação as vendas realizadas no primeiro trimestre do ano. Esta foi a primeira vez, desde o terceiro trimestre de 2022, que as vendas da CSN superaram o patamar de 1,1 milhão de toneladas, o que sinaliza não apenas uma normalização da operação, mas também um maior dinamismo do mercado local.

Mineração 

Na área de mineração, a CSN produziu 10.425,5 mil toneladas de minério de ferro no segundo trimestre do ano (incluindo compra de terceiros), um crescimento de 14,2% em reação ao primeiro trimestre de 2024, mas uma redução de 6,6% em relação ao volume verificado no mesmo trimestre de 2023. Apesar da queda, a CSN tem crescido a cada trimestre a eficiência das suas operações e o volume produzido entre abril e junho foi o mais alto já registrado na história da CSN na atual configuração das plantas e o maior desde 2016. Ou seja, a diminuição em relação ao mesmo trimestre de 2023 se deve exclusivamente a um menor volume de compras de minério de terceiros, um movimento em linha com a estratégia adotada para este ano de priorizar a margem em detrimento de volume. 

As vendas somaram 10.792,2 mil toneladas no trimestre, ficando 18% acima do volume verificado no primeiro trimestre de 2024, o que está em linha com a sazonalidade e com a melhora operacional que vem sendo registrada a cada trimestre. 

A receita líquida Ajustada totalizou R$ 3.347,1 milhões, um desempenho 18,5% acima do registrado no início do ano, como resultado do maior volume de embarques, enquanto a receita líquida Unitária foi de US$ 58,64 por tonelada no trimestre, o que representa uma redução de 5,4% contra o primeiro trimestre de 2024, acompanhando a trajetória descendente do preço médio do minério e um maior demérito do produto exportado, consistente com a alta demanda chinesa por minérios de menor qualidade. 

Já o EBITDA Ajustado atingiu R$ 1.590,4 milhões, com uma margem EBITDA Ajustada trimestral de 47,5%, o que representa um aumento de 8,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Esse aumento de rentabilidade mesmo em um período de queda no preço realizado é resultado direto da excelência operacional alcançada pela Companhia, ao combinar recorde de produção própria na configuração atual das plantas, com otimização da rede logística e redução de custos. Além disso, a desvalorização cambial também impactou positivamente o resultado do trimestre. 

Cimento 

A CSN alcançou novos recordes históricos de produção e vendas de cimento no segundo trimestre do ano, com uma atividade comercial atingindo um total de 3.608,0 mil t vendidas, o que representa um aumento de 19,6% em relação ao trimestre anterior e 8,3% em relação ao mesmo período de 2023. 

Desde o início de 2023, a CSN passou a adotar um novo formato para divulgação de suas ações e desempenho ESG, disponibilizando de forma individualizada a sua performance em indicadores ESG. O novo modelo permite que os stakeholders tenham acesso trimestralmente aos principais resultados e indicadores e possam acompanhá-los de forma efetiva e ainda mais ágil. É possível acompanhar a performance ESG da CSN de forma ágil e transparente, em nosso website, por meio do seguinte endereço eletrônico: https://esg.csn.com.br. 

Imagem: Brasil 61
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