O cooperativismo é um jeito de empreender de forma coletiva e está presente em diversos/setores/da economia: no agro, na saúde, nos serviços financeiros, na educação, na geração de energia, no transporte, no consumo, no turismo e em muitos outros segmentos.
Antes de tudo, o cooperativismo é um movimento econômico e social que une pessoas em torno de um mesmo objetivo. Assim, nessa ideologia, todos prosperam juntos, com desafios e resultados compartilhados. Como resultado, o símbolo do cooperativismo é a organização onde todos são donos do próprio negócio, e a prioridade são as pessoas, e não o lucro.
O cooperativismo surgiu como resposta aos problemas sociais e econômicos causados pela Revolução Industrial, especialmente na Inglaterra, em 1844. A primeira cooperativa moderna, a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, foi fundada por 28 tecelões em Rochdale, buscando melhores condições de vida e trabalho através da união e ajuda mútua.
De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), mais que um modelo de negócios, o cooperativismo fortalece as práticas econômicas e busca “transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos.”
Segundo o Sistema OCB, o caminho do cooperativismo mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e bem-estar social. Bem como, aliar produtividade e práticas sustentáveis, para o individual e o coletivo.
Cooperativismo no Brasil: Início em 1889
O movimento cooperativista no Brasil começou em Ouro Preto (MG), com a fundação da Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos, para consumo de produtos agrícolas.
Mas, desde a época da colonização portuguesa, a cultura cooperativista existe no Brasil.
Em 1610, com a fundação das primeiras missões jesuítas, por exemplo, já havia a construção de um estado cooperativo em bases integrais.
Aliás, por mais de 150 anos, esse modelo de negócios deu exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo. Nesse sentido, o bem-estar do indivíduo e da família, estava acima do interesse econômico da produção.
Números
De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo Agropecuário 2017, feito em mais de 5 milhões de propriedades rurais de todo o Brasil, 579,5 mil desses estabelecimentos estão associados a cooperativas, o que equivale a 11,4% de todos os estabelecimentos agropecuários do país. Desses, cerca de 410 mil são da agricultura familiar, ou seja, 71,2% dos estabelecimentos cooperados são do tipo agricultura familiar.
O Estado de Minas Gerais lidera os registros, com 762 cooperativas, seguido do Estado de São Paulo, com 544. Como resultado, as cooperativas geraram 550.611 empregos diretos em 2023, um aumento de 5% no comparativo com o ano anterior.
Portanto, em 2023, o ativo total do movimento alcançou a marca de R$ 1,165 trilhões, um aumento de 17% em relação a 2022. O patrimônio líquido foi contabilizado em R$ 94 bilhões: 17% a mais do que no ano anterior, de acordo com o anuário o OCB.
Logo, as cooperativas injetaram nos cofres públicos mais de R$ 33,9 bilhões em tributos no ano. Além dos R$ 31,7 bilhões referentes ao pagamento de salários e outros benefícios destinados a colaboradores, 27% a mais que o ano anterior.











