O 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM) deu início aos preparativos para a Operação Escudo de Aço, um simulado de resposta a ataques contra instituições financeiras e similares. A iniciativa tem como objetivo capacitar os policiais para agir em situações de alta complexidade e garantir mais segurança para Barra de São Francisco e toda a região.
De acordo com a corporação, o treinamento é essencial diante da evolução das práticas criminosas, como a chamada modalidade “Novo Cangaço”, marcada por táticas de guerrilha e ações violentas contra cidades inteiras. A simulação pretende preparar os militares para reagir de forma rápida e eficiente, minimizando riscos à população. A data e o local da operação serão divulgados em breve, e a Polícia Militar orienta a população a acompanhar as informações oficiais.
Assalto ao Banco do Brasil
O simulado também resgata a memória de um episódio que marcou a história de Barra de São Francisco: o assalto ao Banco do Brasil, em 30 de abril de 1991. A ação criminosa terminou com nove mortos, sendo três moradores da cidade.
Na época, os criminosos invadiram a agência no centro do município, renderam funcionários e vigilantes e iniciaram uma negociação com a Polícia Militar. O confronto começou quando houve o primeiro disparo vindo da direção da agência, durante a tentativa de fuga dos assaltantes.
Entre as vítimas estavam a jovem Luciene Matos Ferreira, feita refém, e os policiais Brasilino Malaquias e Antônio Lopes Faustini, conhecido como Toninho Baú. Os criminosos foram mortos durante a fuga em uma ação conjunta das polícias de Barra de São Francisco e de Mantena (MG), que também recuperaram o dinheiro levado.
Homenagens às vítimas
A tragédia ganhou repercussão nacional e até hoje é lembrada pelos moradores. Em homenagem às vítimas, Enivaldo dos Anjos que também era prefeito na época, criou a Vila Luciene, na saída para Ecoporanga, batizada em memória da jovem morta no assalto. O nome dela também foi dado a uma escola do bairro.
Outro espaço que mantém viva a lembrança do episódio é o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Brasilino Malaquias de Morais, no bairro Colina, que homenageia o policial civil morto durante a ação.

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