Agata, Robert, Edilane, Paloma, Roberta e Robson. Todos os seis são crianças que foram abandonadas pela mãe e adotadas pela tia, Claudineia dos Santos Oliveira, em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo.
Para evitar que os sobrinhos fossem para um abrigo, ela conseguiu a guarda provisória de todos eles. No início, Claudineia passou por dificuldades por conta da falta de estrutura da casa para receber seis crianças.
Foi então que Claudineia contou com uma corrente de solidariedade que se formou por meio das redes sociais. Ao final, mais de R$ 30 mil foram arrecadados para a família. A quantia chegou em ótimo momento para eles.
“Mudou muita coisa. A casa tem mais conforto, tem mais espaço. Até para eles brincarem melhorou, pois tem a varanda agora. Eu pude comprar guarda-roupas, porque a gente não tinha. Agora, cada um dos quartos têm um, comprei máquina de lavar, mexi no talhado, fiz mais um banheiro. Não sei nem como agradecer a todos os colaboradores“, disse Claudineia.
Com a casa mais organizada, meninos dormem em um quarto e meninas em outro. Brinquedos, por lá, não faltam. A parte mais difícil para a tia, porém, continua sendo a alimentação.
Há doações, mas a principal renda da família vem de um benefício financeiro da Prefeitura de Guarapari, cidade de origem das crianças.
O dinheiro faz diferença no final do mês, mas por ser um cheque nominal, Claudineia precisa viajar até Guarapari, a mais de 500 km de Nova Venécia, para ter acesso ao benefício.
Além da ajuda que continua chegando de todas as partes, a tia teve uma ideia para aumentar a renda da casa: fazer chup-chup para vender. Dessa forma, consegue melhorar diariamente as condições para os sobrinhos.
Outra alternativa encontrada foi ter um fogão a lenha, para tentar minimizar os gastos com a nova alta do preço do gás de cozinha. E de jeitinho em jeitinho, a tia consegue levar a todos ainda mais conforto e segurança.
Claudineia agora analisa o próximo passo: obter a guarda definitiva das crianças, para afastar qualquer chance de serem levados a abrigos e orfanatos.
“É evidente no rosto deles. A gente vê que tem melhorado a cada vez mais. Está sendo aquela relação de mãe e filho, apesar deles me chamarem de tia ainda. Eu não queria que eles voltassem pro abrigo, pra orfanato, então estamos analisando e pensando na guarda permanente”, afirmou Claudineia.

Claudineia usa a criatividade e conta com ajuda de voluntários para manter os seis sobrinhos