Reoneração dos combustíveis: mais uma semana começa com alta no preço do diesel

Compartilhe

A segunda semana de setembro começou com reajuste nos preços do óleo diesel nas bombas de todo o país. Alta de 1,70% desde que a Petrobras decidiu pelos reajustes. O valor médio encontrado nas bombas é de R$ 6,05/litro — o maior preço desde fevereiro deste ano.

O aumento de R$0,02 nesta semana, após R$0,11 na semana passada, é consequência da Medida Provisória editada em junho deste ano que foi assinada para incentivar a indústria automotiva e dar descontos em carros, motos e caminhões novos. Na época, o Ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, anunciou o programa atrelando o desconto de até R$8 mil nos veículos novos a um aumento no preço do diesel, que chegou ao bolso do motorista agora em setembro. 

Segundo o professor de Economia do Ibmec de Brasília Renan Silva, a desoneração dos combustíveis entrou em vigor em 2021 como uma medida anticíclica em razão do período pandêmico.  A questão é que a expectativa era que esse benefício fosse estendido até dezembro de 2023, o que não foi possível em razão dos subsídios colocados pelo governo para aumentar a atividade econômica no setor automobilístico.

 “Como você criou um subsídio onde abre mão de impostos, você precisa criar compensações, e a compensação foi justamente a antecipação da reoneração dos combustíveis agora para setembro, outubro e por fim, em janeiro de 2024. Em setembro nós teremos uma alta — que já está vigorando de R$0,11 — em outubro mais R$0,13 por litro, até chegar à meta, em janeiro de 2024 de R$0,35 por litro.” 

Segundo o economista, voltando a carga anterior e original do PIS e Cofins (impostos que compõem o valor dos combustíveis) e recompondo a arrecadação esperada. 

Quem paga o preço

Como a maior parte do transporte brasileiro é feito por rodovias, a alta do preço do diesel impacta diretamente no valor do frete e em tudo que consumimos. Para o economista, o aumento vai refletir logo no bolso do consumidor.

“Sem dúvida, como  consequência teremos uma maior pressão inflacionária. Considerando que 65% da nossa matriz de transporte é rodoviária, com certeza os produtos devem encarecer na ponta final do consumo: supermercados, hipermercados e comércio em geral.” 

Quem faz as compras e está sempre no supermercado concorda. A servidora pública Ana Carolina Torelly diz que basta ouvir a notícia dos reajustes dos combustíveis e já sabe onde sente a diferença. 

“Sempre que eles anunciam aumento dos combustíveis, logo em seguida a gente sente a diferença no preço dos alimentos, muito por conta do frete.”
 

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Leia também

Luzes de Natal são inauguradas no centro com a presença do Papai Noel

“Nós que somos cristãos, a gente tem que ter o mês de dezembro como mês de reflexão, a...

Multidão participa do 5º Advento em Família da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil de Barra de São Francisco

Aconteceu neste final de semana, o 5º Advento em Família da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil...

Preço da soja em baixa nesta segunda-feira (4)

A saca de 60 quilos de soja começou esta segunda-feira (4) em baixa de 0,77% no preço e...

Juntas, Vila Pavão, Ecoporanga e Conceição da Barra têm as maiores reservas de sal-gema da América

As cidades de Vila Pavão, Ecoporanga e Conceição da Barra, juntas, abrigam as maiores reservas de sal-gema da...

Prefeitura chega a 188 bueiros construídos, além 111 pontes e 23 muros

Servidores da secretaria de Transportes e Estradas da prefeitura de Barra de São Francisco, construíram mais um bueiro...

Boi gordo registra forte alta no preço nesta segunda-feira (4)

A cotação do boi gordo apresenta forte alta nesta segunda-feira (4). Com isso, o produto é negociado a...