Quais são os primeiros sinais de esclerose múltipla?

Compartilhe

A esclerose multipla é uma doença neurológica e autoimune que afeta o sistema nervoso central, causando danos na bainha de mielina, que é a camada protetora dos neurônios. Esses danos interferem na comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, provocando diversos sintomas que podem variar de pessoa para pessoa.

 

A esclerose múltipla não tem cura, mas pode ser tratada com medicamentos e terapias que ajudam a controlar as crises, aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença. Por isso, é importante reconhecer os primeiros sinais da doença e procurar um médico neurologista para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.

Problemas de visão

Um dos primeiros sintomas pode ser a alteração da visão, causada pela inflamação do nervo óptico, que leva as imagens do olho para o cérebro. Esse problema é chamado de neurite óptica e pode afetar um ou ambos os olhos. Os sintomas incluem:

 

  • Visão embaçada ou borrada;
  • Perda parcial ou total da visão;
  • Dor no olho, especialmente ao movê-lo;
  • Diminuição da percepção das cores.

 

A neurite óptica pode melhorar espontaneamente em algumas semanas ou meses, mas pode deixar sequelas permanentes na visão. Outros problemas de visão relacionados à esclerose múltipla são a visão dupla e os movimentos involuntários dos olhos.

Sensações estranhas

Outro sintoma comum da esclerose múltipla são as sensações anormais pelo corpo, causadas pela alteração na transmissão dos impulsos nervosos. Essas sensações podem ser:

 

  • Choque elétrico ao mover a cabeça ou o pescoço (sinal de Lhermitte);
  • Dormência ou formigamento nos braços, pernas ou rosto;
  • Sensação de aperto ou inchaço em alguma parte do corpo;
  • Coceira intensa.

 

Essas sensações podem ser passageiras ou persistentes, e podem afetar uma pequena área ou todo um lado do corpo.

Fadiga

A fadiga é um sintoma muito frequente na esclerose múltipla, que se caracteriza por um cansaço excessivo e desproporcional ao esforço realizado. A pessoa pode se sentir exausta mesmo sem ter feito nenhuma atividade física ou mental. A fadiga pode afetar a qualidade de vida, a capacidade de trabalho e o humor da pessoa.

 

A fadiga pode estar relacionada à própria doença, aos medicamentos usados no tratamento, à depressão, à insônia ou a outros fatores. Além disso, a fadiga pode piorar com o calor ou a febre, e melhorar com o repouso ou o resfriamento do corpo.

Problemas de andar

A esclerose múltipla pode prejudicar a coordenação motora e o equilíbrio, dificultando a capacidade de caminhar. Os sintomas podem incluir:

 

  • Fraqueza muscular nas pernas;
  • Rigidez ou espasmos musculares;
  • Dificuldade para controlar os movimentos dos pés ou das pernas;
  • Alteração na forma de andar;
  • Tendência a tropeçar ou cair.

 

Os problemas de marcha podem limitar a mobilidade e a independência da pessoa, além de aumentar o risco de lesões e fraturas.

Outros sintomas

Dependendo da área do sistema nervoso afetada pela esclerose múltipla, outros sintomas podem surgir, como:

  • Problemas cognitivos, como perda de memória, dificuldade de concentração ou raciocínio;
  • Depressão, ansiedade ou alterações de humor;
  • Problemas urinários ou intestinais, como incontinência, urgência ou constipação;
  • Dificuldade para falar ou engolir;
  • Vertigem ou tontura;
  • Dor, que pode ser muscular, articular, neuropática ou de cabeça.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico é feito por um médico neurologista, baseado na história clínica e nos sintomas apresentados pela pessoa. Além disso, são solicitados exames complementares, como:

 

  • Exames de sangue, para descartar outras doenças com sintomas semelhantes à esclerose múltipla;
  • Ressonância magnética, para avaliar se há lesões na bainha de mielina no cérebro ou na medula espinhal;
  • Potencial evocado, para medir a velocidade dos sinais nervosos em diferentes partes do corpo;
  • Punção lombar, para analisar o líquido que circula no cérebro e na medula espinhal, que pode apresentar alterações na esclerose múltipla.

 

O diagnóstico precoce é importante para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. O tratamento pode envolver o uso de medicamentos que reduzem a inflamação, a frequência e a gravidade das crises, além de medicamentos que aliviam os sintomas específicos. Também é recomendado fazer fisioterapia, terapia ocupacional e psicoterapia, para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da pessoa.

 

Leia também

Região Norte: pescadores atingidos pela seca podem solicitar seguro-defeso nesta quarta-feira (6)

Os pescadores da Região Norte que sobrevivem da pesca artesanal, durante o período que não puderem realizar suas...

Hora do Empreendedor: prefeitura promove a última palestra de 2023

Nesta quarta-feira (06), às 19h acontece a última palestra do ano de 2023 do 'Hora do Empreendedor, no...

Preço do café arábica registra alta nesta quarta-feira (6)

Nesta quarta-feira (6), a saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 951,85 na cidade de São...

Dengue: Minas Gerais registra mais de 395 mil casos prováveis

Minas Gerais registrou até o último dia 4, 395.853 casos prováveis de dengue, com 299.268 confirmações e 192...

Vale-gás é aprovado: saiba quem pode receber e o valor que será pago

  Foi aprovado na tarde desta terça-feira (5), em sessão na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o pagamento do...