
Edivaldo Coser tinha 43 anos quando foi executado. Crédito: Arquivo pessoal
Na fase final da investigação, a Polícia Civil mira mandante e executor do pescador, pedreiro e meeiro Edivaldo Coser , assassinado há sete anos, na noite do dia 21 de maio de 2015, no portão de casa no patrimônio de Km 20, em Boa Esperança, no Norte do Espírito Santo. A informação é do site A Parresia.
A apuração feita por A Parresia mostra que, ao longo desses absurdos sete anos de demora para investigar e punir os responsáveis pelo crime, a polícia trocou, por diversas vezes, os investigadores do caso. Os investigadores iniciais do crime sentaram em cima do caso, sem justificativa legal e razoável para não prender o mandante da execução – tanto é verdade, que os mesmos foram removidos da Delegacia de Boa Esperança, após a Polícia Civil do Estado identificar irregularidades de conduta dos agentes, conforme apuração da reportagem.
Executado com tiros à queima-roupa (ou seja, a uma curta distância entre vítima e atirador), Edivaldo tinha 43 anos na época e deixou um casal de filhos, um menino de apenas dois anos – hoje com 10 anos de idade e uma jovem de 20 anos – hoje com 27 anos. Edivaldo era pedreiro e meeiro, e amava pescar aos finais de semana. Familiares e amigos ouvidos pela reportagem pedem justiça, e que o assassino e mandante sejam levados à prisão e julgados pelo crime.

Era por volta de 20h30 daquela quinta-feira, 21 de maio de 2015. A então esposa da vítima estava dentro de casa com o filho de 2 anos e uma filha que na época tinha 20 anos. Como de costume, no interior, pelo horário, a casa estava toda fechada. A então esposa da vítima relata que ouviu o carro dele chegando na casa. Edivaldo desceu do carro e abriu o portão. Nesse momento, entre a abertura do portão e a ida da vítima ao carro para colocar o veículo na garagem, de dentro de casa, a então esposa dele ouviu vozes que denotavam para um diálogo entre a vítima e uma outra pessoa, no portão da casa. Segundo a testemunha, foi possível ouvir a pessoa com quem Edivaldo falava dizendo: “então toma isso”. Em seguida, a esposa ouviu cinco disparos de arma de fogo. Desesperada, a esposa da vítima correu ao portão e ainda foi possível escutar o assassino correndo, em direção a uma rua escura atrás da residência, que dava acesso direto a um pasto, não sendo possível identificar o atirador. A filha da esposa de Edivaldo chegou a pular o muro da casa e correr atrás do assassino, mas não conseguiu alcançá-lo.
Segundo a esposa da vítima à época, quando ela correu ao portão após ouvir os tiros, Edivaldo ainda estava em pé. Assim que viu que ele estava ferido, desesperada, a esposa o segurou. Desfalecendo, a vítima chegou verbalizar que haviam atirado nele, sem dizer quem. Edivaldo chegou a ser socorrido com vida para o Hospital Cristo Rei em Boa Esperança, e depois, foi transferido em estado grave para o Hospital Roberto Silvares, em São Mateus. Chegou a passar por uma cirurgia na unidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu um dia depois, na noite do dia 22 de maio de 2015.
VÍTIMA FOI A BAR ANTES DE CRIME
Momentos antes de ir para casa e ser assassinado, Edivaldo Coser estava um bar no patrimônio de Km 20. Ele teria saído do bar por volta de 20h25 e foi em direção à sua residência. Ao parar o carro em frente ao portão e descer para abrir a garagem, foi abordado pelo assassino.
O QUE DIZ A POLÍCIA CIVIL
Demandada por A Parresia, a Polícia Civil informou que o assassinato de Edivaldo Coser vem sendo diligentemente investigado. “Dentre as diligências destacou-se que já foram tomados 33 termos de declarações, dentre outras diligências como busca e apreensão, microcomparação balística e prisão temporária, tudo subsidiado por três relatórios de investigação. As diligências estão em fase final e maiores detalhes não serão repassados para êxito da investigação”, finaliza a corporação.