Um grupo de pescadores de Vitória distribuíram 1 tonelada de peixe durante um protesto na Praça do Papa, na tarde desta terça-feira (24). Eles afirmam que não foram indenizados pela Samarco após o rompimento da barragem de Fundão, Mariana, em Minas Gerais, em 2015.
Segundo o sindicato da categoria, apesar do grupo de pescadores vender a mercadoria na Enseada do Suá, na capital, a pesca dos camarões era feita em Linhares, parte do litoral capixaba que foi atingido pela lama da barragem.
Desde então, de acordo com os pescadores, toda a cadeia da pesca – que envolve compradores e revendedores – foi afetada pelo rompimento. Segundo eles, a lama causou perda de 70% da renda comparada ao período anterior do desastre.
O protesto foi marcado para esta terça-feira por causa da audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), que aconteceu durante a manhã. Os pescadores argumentaram que, com a pandemia, o assunto foi “deixado de lado”.
Por nota, a Fundação Renova, criada pela Samarco para gerir as indenizações do desastre, informou que até julho deste ano o valor pago em indenizações para 173 camaroeiros chega a R$ 82 milhões.
A fundação afirmou, ainda, que está pagando cerca de R$ 20 milhões de lucro cessante para 170 pescadores. O atendimento aos pescadores da Enseada do Suá teria sido iniciado em janeiro de 2020.

Pescadores distribuíram 1 tonelada de peixe na Praça do Papa, Vitória, ES — Foto: Reprodução

Pescadores doam 1 tonelada de peixe em Vitória, ES — Foto: Reprodução