Anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande em pronunciamento pelas redes sociais.
O 35º mapa de risco da Covid-19 divulgado pelo Governo do Espírito Santo aponta que seis cidades capixabas estão em risco alto para a contaminação pelo coronavírus. No mapa anterior, apenas uma cidade estava em risco alto para a doença.
Ecoporanga, Mantenópolis, Marilândia, Ibiraçu, Domingos Martins e Anchieta estão no risco alto. O número de cidades em risco baixo para a Covid-19 diminuiu, antes eram 28 e agora são 24.
O novo mapa foi apresentado em um pronunciamento do governador Renato Casagrande (PSB) nesta sexta-feira (11). Casagrande adiantou que a taxa de transmissão da doença no interior do estado é maior do que na Grande Vitória. A taxa do interior é de 1.71, enquanto a Região Metropolitana tem 1,03.
Isso significa que, no interior, 10 pessoas contaminadas transmitem a doença para cerca de 17 outras pessoas. Já nas cidades da Grande Vitória, 10 pessoas com a Covid-19 transmitem para outras 10.
“A taxa do interior está muito superior à taxa de transmissão da Grande Vitória. É bom que a gente chame a atenção dos municípios do interior. A pandemia no interior está mais descontrolada que na Grande Vitória”, alertou Casagrande.
“A hora que se caminha para um risco alto, reduz a liberdade. É preciso compreender que as medidas qualificadas aumentam as restrições de atividades econômicas e sociais. A nova portaria com medidas qualificadas será publicada amanhã (12), mas vai em um processo de restrição das atividades”, adiantou.
Casagrande também falou aos capixabas a respeito da vacina contra a Covid-19. Nesta quinta (10), o Estado formalizou uma consulta ao Instituto Butantan sobre a disponibilidade de 440 mil doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
No pronunciamento, o governador disse que os governadores de todo o país estão empenhados em cobrar uma solução do ministério da Saúde.
“Pedimos que o governo federal possa adquirir todas as vacinas aprovadas pela Anvisa, seja na análise pelo detalhe da Anvisa ou que a Anvisa reconheça uma agência internacional em que ela tenha parceria. Pedimos também ao ministro da saúde para que sejamos rápidos. Nós estamos vendo que Reino Unido e outros países já estão aplicando o plano de vacinação. Estaríamos atrasados cerca de dois ou três meses e esse atraso levaria a perder muitas vidas. No Espírito Santo, estamos perdendo em média 20 pessoas por dia. No Brasil, a média está passando ou chegando perto de 600 mortes por dias, rapidez é fundamental neste momento”.
Casagrande disse, ainda, que se reuniu com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) a respeito da vacina. E garantiu que, mesmo que o ministério da Saúde não organize a vacinação, o governo está procurando alternativas para vacinar a população capixaba.
“Queremos que o ministério da saúde possa fazer a aquisição e a coordenação nacional, porque é o normal. Mas eu, como governador, não posso deixar os capixabas desprotegidos. Estou trabalhando no contato com o ministério da saúde e com outros governadores, mas ao mesmo tempo verificando possibilidades para proteger as pessoas mais vulneráveis”.