Em 08 de março de 2023 (Dia Internacional da Mulher), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) regulamentou o futebol misto em competições amadoras. Pouco mais de sete meses após a determinação da entidade, o futebol do Espírito Santo teve a primeira meninas a jogar entre meninos, em um torneio oficial. A informação é do ge.

Liz Valverde, zagueira do Porto Vitória — Foto: Henrique Montovanelli/FES
Neste sábado, pela rodada de estreia do Campeonato Capixaba Sub-13 2023, a jovem Liz Valverde ajudou ao atual campeão Porto Vitória a derrotar a Desportiva Ferroviária, por 2 a 1, no estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica.
Sem se intimidar, a zagueira de 13 anos jogou toda a partida, ganhou divididas, travou um chute dentro da pequena área e mostrou eficiência nos passes. Após a partida, Liz afirmou que espera que ela possa abrir portas para mais meninas ingressarem no futebol.
– Fico muito feliz, espero que eu possa abrir oportunidades para várias meninas também poderem participar. Espero que elas possam jogar e se divertir igual a mim. Acho que eu joguei bem, o time também, só que é sempre melhorar para que a gente possa, cada vez, fazer mais atuações boas – comemorou Liz, em entrevista ao site da Federação de Futebol (FES).

Liz Valverde, zagueira do Porto Vitória — Foto: Henrique Montovanelli/FES
A jovem zagueira contou que começou a jogar por influência do seu irmão.
– Jogo futebol desde 2018 (com oito anos), em escolinhas, e o Porto Vitória é meu primeiro time. Eu comecei por causa do meu irmão (Pedro), que é goleiro. Eu queria também jogar e aí eu estou me divertindo.

Liz Valverde, zagueira do Porto Vitória — Foto: Henrique Montovanelli/FES
Os pais da zagueira Liz, o advogado Luciano Olímpio, de 52 anos, e a empresária Polyana Valderde, de 49, viram da arquibancada a ótima atuação da filha no triunfo do Porto Vitória sobre a Desportiva Ferroviária. Luciano afirma que a oficialização do futebol misto nas categorias de base vai abrir muitas possibilidades para o fomento do futebol feminino.
“Foi uma alegria, sobretudo porque a gente enxerga que hoje o mundo está cada vez mais aberto para esse momento das mulheres. Elas viveram a proibição em relação ao futebol. E hoje você ter oficialmente a possibilidade de uma menina jogar com meninos é, sem dúvidas nenhuma, uma perspectiva que se abre para um novo mercado, uma inserção, e um fomento para o crescimento do futebol feminino – afirmou o pai.