
Ciclista Doramir Monteiro Silva, de 56 anos, estava desaparecido desde o final de junho
Responsável pela investigação do caso do ciclista Doramir Monteiro Silva, de 56 anos, que foi morto a facadas e teve o corpo incendiado pelo próprio filho, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, o delegado Felipe Rivas disse que o crime choca ainda mais pela frieza. A informação é de Gustavo Ribeiro, do g1 ES e TV Gazeta.
“São 15 anos de profissão e a frieza assusta. Mataram o seu Doramir a facadas, enrolaram em um lençol, enrolaram em um tapete, enrolaram em mais um edredom, colocaram no porta-malas, passaram em um posto de gasolina, compraram combustível com o cartão do seu Doramir, seguiram para essa propriedade rural, que é de familiar dessa menina, nesse local eles primeiro jogaram três litros de combustível em cima do corpo dele, atearam fogo, esperaram o fogo abaixar, atearam fogo novamente e, ao amanhecer, quando já estava com uma fumaça muito alta, eles apagaram o fogo e retornaram para Cachoeiro. Retornaram para Cachoeiro e ainda foram para a padaria para tomar café”, relatou o delegado.
A investigação da Polícia Civil apontou que o corpo de Doramir foi encontrado na noite desta segunda-feira (4), na localidade de Estrela do Norte.
A vítima é muito conhecida na região de Cachoeiro de Itapemirim por conta da atividade esportiva e estava desaparecida desde o final de junho.
O filho da vítima, de 24 anos, preso nesta segunda, confessou o crime e disse aos policiais que a morte do pai foi motivada por ciúmes, pois Doramir teria assediado a namorada dele.
“Eles afirmaram em depoimento que foi em razão do seu Doramir ter tentado agarrar, tentado alguma coisa com conotação sexual com a companheira desse rapaz. É o que eles afirmaram. Nós vamos ainda apurar durante a tramitação do inquérito se isso aí procede ou não, se tem outra motivação, sobretudo aí ligada ao cunho patrimonial”, explicou o delegado Felipe Vivas.
A namorada, que segundo o jovem, ajudou no crime, não foi localizada pelos policiais.
A Polícia Civil vai investigar a versão dada pelo preso e também a linha de crime com motivação patrimonial.
O filho foi levado ao Centro de Detenção Provisória. O nome dele e da namorada, ainda não localizada pela polícia, não foram divulgados.