Floresta natural cobre 23% da extensão territorial do Estado, revela Inventário Florestal Nacional

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Foi lançado nesta sexta-feira (6), o Relatório do Inventário Florestal Nacional do Estado do Espírito Santo. O evento aconteceu no auditório da Superintendência Federal de Agricultura Pecuária e Abastecimento (SFA/ES), em Vitória. O Inventário Florestal Nacional (IFN) é um dos principais levantamentos realizados para produzir informações sobre os recursos florestais brasileiros, avaliando a qualidade e as condições das florestas e sua importância para as pessoas.

Segundo o inventário, os municípios Marechal Floriano, Santa Leopoldina e Sooretama possuem as maiores proporções de seus territórios cobertos por florestas (53%, 51% e 49%, respectivamente). As florestas plantadas ocupam 4% do território estadual. Durante o trabalho de campo do IFN-ES foram encontradas 680 espécies pertencentes a 382 gêneros e 113 famílias botânicas. Desse trabalho, foram identificados três exemplares de possíveis novas espécies para a flora do Brasil.

O documento foi realizado graças a uma parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), por meio de um trabalho conjunto com as Secretarias do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), e da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag); Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), o Herbário VIES da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Projeto de Apoio ao IFN, com recursos do Global Evironment Facility (GEF), administrados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO Brasil).

A coleta de dados foi feita em florestas naturais e plantadas, incluindo a coleta de amostras botânicas e do solo. Essa coleta de dados foi realizada em 121 pontos amostrais, distribuídos a cada 20 quilômetros de distância sobre todo o território estadual, no período de março de 2014 a julho de 2015, tornando o estudo de abrangência nacional. O levantamento de dados de campo ocorreu em todo o Estado, numa área de 46 mil quilômetros quadrados e nos 78 municípios capixabas.

 

Foram produzidas informações detalhadas e de forma regular sobre aspectos, como a estrutura, composição, saúde e vitalidade das florestas, biomassa, estoques de madeira e de carbono, uma metodologia única para todos os biomas. Essas informações se dividem em três componentes: análise da cobertura de vegetação, coleta de dados biofísicos e levantamento socioambiental. Com essas informações é possível gerar parâmetros fundamentais para o conhecimento das florestas, como sua composição florística, extensão, distribuição espacial dos estoques de madeira, biomassa, carbono e a diversidade das espécies arbóreas. 

 

Para o subsecretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Elber Tesch, conhecer e monitorar nossas florestas são deveres fundamentais e um desafio a ser enfrentado. “As informações produzidas no inventário vão servir para ajudar na formulação de políticas públicas e nas estratégias para recuperação, conservação e o uso sustentável dos recursos florestais. Além de contribuir nas pautas ambientais internacionais em temas, como manejo sustentável das florestas, mudanças do clima e da biodiversidade”, afirma.     

 

No trabalho realizado, foi identificado que 23% da extensão territorial do Espírito Santo, ou seja, 1 milhão de hectares, têm cobertura de floresta natural. O Estado está sob o domínio da Mata Atlântica, com predomínio da Floresta Ombrófila Densa, distribuída nas variadas condições de altitude do território e também conta com floresta plantada de produção. 

 

De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Mário Louzada, o levantamento é de extrema importância para os trabalhos de recuperação e conservação das florestas no Estado. “As informações presentes no inventário serão utilizadas como uma das diretrizes na implementação do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Poderão agregar em planos de manejo sustentáveis e na implementação de políticas estratégicas, visando à proteção dos recursos naturais”, enfatiza.

 

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