FESTIVAL DE GRAMADO: Com história confusa e cheia de furos, “Vou Nadar Até Você” é o primeiro filme estrelado por Bruna Marquezine

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A atriz global Bruna Marquezine acaba de estrear seu primeiro filme no Festival de Cinema de Gramado. Na última segunda-feira (19), o Palácio dos Festivais recebeu “Vou Nadar Até Você”, dirigido por Klaus Mitteldorf. O filme conta a estória de Ophelia, interpretada por Marquezine, uma garota de 20 anos, que sempre morou com a mãe Talia, interpretada pela atriz Ondina Clais.

A jovem Ophelia não sabe quem é seu pai, mas desconfia que seja Tedesco, um artista plástico alemão, interpretado por Peter Ketnath, residente no Brasil. Ela decide encontrá-lo de uma forma diferente, e envia uma carta para o homem dizendo que irá nadando até ele, a partir da ponte de Santos. A partir disso, Tedesco pede a Smutter, um grande amigo, que acompanhe a garota sem ela saber.

Bruna Marquezine celebrou sua estreia no cinema. A atriz, que dedicou a obra aos pais, diz estar feliz com o sonho realizado. “Estou muito feliz com esse momento, é muito marcante e vou guardar com carinho na minha memória. É um filme que eu tenho muito carinho, e toda a experiência aqui em Gramado tem sido incrível”, comemora Marquezine.

Porém, ao olhar da crítica, não foi uma boa estreia para Bruna. Um dos principais fatos que não agradam é que mesmo tendo uma 1 hora e 47 minutos, a trama parece durar uma eternidade. O filme não tem dinâmica, não conversa bem com o público e a linha temporal é cheia de erros e buracos não preenchidos.

A personagem Ophelia está nadando por dias em busca de um pai que ela não conhece. É claro que isso pode ser uma metáfora e significar tantas coisas, mas o diretor não deixa claro que é uma metáfora. A ideia é que realmente uma garota saiu pelo mundo nadando, dormiu em pistas de skate, usou drogas com desconhecidos e tudo isso foi algo bem cotidiano, como se ela estivesse protegida o tempo inteiro, em um país seguro.

Outro ponto a ser discutido é o fato da personagem de Bruna Marquezine estar sempre muito sexualizada. Apesar das cenas de nudez, não é isso que a torna sensual, mas movimentos de câmera e cortes específicos que não combinam com o roteiro.

A fotografia, no entanto, é linda. Há sempre um plano aberto, uso de drones, que tem sido bem comum nos filmes do festival, cores mais claras e que trazem um ar de “vida real”. É visualmente lindo, porém a história é confusa e cheia de furos.

Foto: Edison Vara / Agência Pressphoto

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