Um assunto que sempre gera interesse quando se esta jogando conversa fora diz respeito aos nomes ridículos ou exóticos. Não existe quem não tem uma historia para contar.
Estava eu no meu labor em uma cidade interiorana quando aparece um homem pedindo para ser atendido. Com certeza é mais um pepino para descascar, pois a nossa missão é trabalhar com situações conflituosas, foi o que pensei. Neste dia até que o assunto era ameno.
-Bom dia. Qual é o problema que o Senhor traz?
-Bom dia doutor. A minha mulher ganhou um menino e eu fui até ao cartório para registrar a criança e tirar a certidão.
– Mas, onde esta o problema?
– É que a dona do cartório não quis fazer o registro do meu filho e mandou-me conversar com o senhor. Ela me falou que só vai fazer a certidão se o doutor concordar.
– Aguarde um pouco que eu vou telefonar para o cartório e saber o que esta acontecendo.
Apanhei o invento de Alexander Graham Bell e disquei o numero da serventia. A oficiala me explicou que ela tinha se recusado a fazer o registro por que o homem queria homenagear o Rei do Pop, tendo apresentado a ela um papel escrito: Maicom Jecsom. Entretanto, apesar de explicado ao pai o que era o estrangeirismo em nossa língua portuguesa e que a grafia correta do nome era Michael Jackson, o homem não concordou, pois ficaria difícil para escrever.
Na sequencia voltei minha atenção para o senhor que estava diante de mim e ponderei que a oficiala estava correta. Caso fosse dado ao menino o nome de Maicom Jacsom, quando crescesse ele poderia ser motivo de piada,já que o cantor famoso é americano e seu nome se escreve Michael Jackson. Conformado o pai de cinco me falou: Vou colocar Waldemiro então!
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Texto: Creumir Guerra
Creumir Guerra é Promotor de Justiça no Estado do Espírito Santo
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