Após dias de tensão devido à guerra na Ucrânia, a influenciadora digital capixaba Lyarah Vjonovic, junto com o marido, os dois filhos do casal e os sogros, conseguiram ir embora da capital, Kiev, onde moravam há dois anos, e estão na Moldávia. A reportagem é de João Brito, do G1ES.
Lyarah Vojnovic é casada com o atleta brasileiro Maycon, ex-Corinthians e atualmente atleta do Shaktar Donetsk, da Ucrânia. Eles, os dois filhos e também os pais de Maycon saíram do hotel e embarcaram na tarde deste sábado (26) junto com as famílias de outros atletas da equipe ucraniana, em uma viagem que durou cerca de 19 horas.
De acordo com o pai da capixaba, Marcelo Vojnovic, a família está em segurança na Moldávia, país vizinho à Ucrânia, e de lá pretendem seguir de ônibus para Bucareste, capital da Romênia.
Quando estiverem na Romênia, o plano é tentar pegar um voo para a França. De lá, a depender da disponibilidade de voos para o Brasil, a expectativa é de que cheguem ao Espírito Santo na próxima quarta-feira (2).
A escalada de medo por conta da guerra aumentava a cada dia para a família de Lyarah. Na sexta-feira (25), de acordo com o pai, houve uma invasão ao prédio vizinho do hotel onde eles estavam.
Em uma rede social, Lyarah Vjonovic se defendeu das críticas que ela e as famílias que conseguiram pegar o trem vêm recebendo por, supostamente, terem deixado outros atletas que estavam no hotel para trás.
De acordo com Lyarah não houve abandono, e todos que estavam no local foram avisados sobre a possibilidade de fuga do país, que poderia acontecer a qualquer momento.
“O grupo não se desfez em momento nenhum. Enquanto um dormia o outro ficava atento. Estamos fugindo de uma guerra. Não conseguimos nem pegar comida, o pouco que tinha. Sabendo desde ontem que tínhamos uma chance de sair em qualquer momento, e saímos [todos] em cinco minutos. Nossa cabeça não para. O bicho ‘tá’ pegando! Bombinha de São João só em festa junina. Aqui é vida ou morte”, declarou a influencer.
A guerra na Ucrânia entrou neste domingo (27) no quarto dia. É o maior ataque de um país contra outro desde a Segunda Guerra Mundial, há 80 anos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin autorizou o início da operação às 5h de quinta (24), zero hora de Brasília. O ataque foi simultâneo por terra, ar e mar e contra diferentes cidades do país.
Ao longo da quinta, enquanto bases militares eram destruídas, tropas avançavam no território ucraniano por praticamente todos os lados. Pelo norte da Ucrânia, militares russos rapidamente tomaram Chernobyl.
Na sexta-feira (25), em paralelo a mais bombardeios, o efetivo russo se aproximou da capital, Kiev. Durante este final de semana, os dois países travam uma batalha pelo controle da cidade.
Neste domingo, o presidente russo colocou equipes de armas nucelares do país em posição de alerta O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma ser o alvo número um da ofensiva russa e diz que nem sua família está a salvo. Mas uma agência russa informou que ele está disposto a negociar.