O Espírito Santo registra, em média, cinco furtos e roubos de bicicleta por dia. Desde o início de 2021, foram 859 casos. Os dados foram informados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). A informação é de Ana Clara Morais e Dionny Silva, G1 ES, da TV Gazeta.
O número alto pode ser explicado pela facilidade de revender o equipamento, segundo o delegado titular do 16º Distrito Policial de Cariacica, André Landeira.
“Algumas bicicletas chegam a custar o preço de um carro e são altamente vendáveis, isso é o que atrai”, apontou.
O prejuízo é ainda maior para quem depende da bicicleta como único meio de transporte, como o trabalhador autônomo José Castelo. A bicicleta que era usada para o trabalho foi furtada em dezembro, por isso o autônomo passou a usar a bicicleta da filha que, no mesmo mês, também foi furtada.
“Quando eu estava de bicicleta eu percorria em torno de 30 a 40 km por dia e eu utilizava tanto para trabalho quanto para lazer”, relatou. Sem o meio de transporte mais econômico, passou a usar aplicativos de mensagem ou ônibus. Agora, ele gasta cerca de R$ 250 a mais por semana.
Situação parecida com a de Gabriel Rosa, servidor público que também usava a bicicleta para trabalhar. Gabriel foi roubado, a mão armada, na Cinco Pontes, quando voltava para casa.
O número furtos pode ser ainda maior. Segundo a PC, muitas pessoas não registram o boletim de ocorrência, o que dificulta o trabalho da corporação de fazer um mapeamento e deslocar o efetivo para o local onde esses crimes mais acontecem.
“Justamente por a bicicleta não ter identificação é que muitas vítimas não registram do boletim de ocorrência e a recuperação fica muito difícil porque não tem como chegar até a vítima com certeza para restituir a bicicleta”, completou Landeira.
O ideal, segundo a polícia, é guardar a nota fiscal da bicicleta para ajudar na identificação, caso ela seja furtada.
Existem dois tipos de furtos tipificados no Código Penal que influenciam na pena aplicada a quem é pego roubando uma bicicleta.
Furtos simples é quando a pessoa não precisa arrombar cadeados ou trancas, ou seja, a bicicleta está solta. Nesse caso, a pena vai de um a quatro anos de detenção.
Quando o suspeito quebra cadeados ou correntes, ou age com ajuda de alguém, o crime se enquadra como furto qualificado e a pena passa a ser de dois a oito anos de detenção.

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