O chanceler do Paraguai, Euclides Acevedo, veio ao Brasil e se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em busca de apoio político para o presidente Mario Abdo Benítez, que enfrenta uma série de grandes protestos contra sua política genocida em relação à pandemia.
O chanceler paraguaio também pediu ajuda com doações de vacinas e medicamentos contra a Covid-19, segundo a jornalista Patrícia Campos Mello, na Folha de S.Paulo. Segundo ela, Acevedo deve ser recebido por Jair Bolsonaro.
Ainda, o Brasil pode anunciar o início das negociações do Anexo C do Tratado de Itaipu, que determinará as condições de comercialização e preços da energia da usina a partir de 2023.
A jornalista, no entanto, afirmou que, “apesar de ter pedido em janeiro ao Brasil uma doação de 10 mil doses de vacina e de solicitar também medicamentos para atender pacientes em estado grave, o chanceler paraguaio deve sair de mãos vazias”.
“O Brasil gostaria de ajudar o país vizinho e, de quebra, exercer soft power junto aos aliados de direita no continente. No entanto, o entendimento é que uma doação no momento em que o Brasil registra mais de 2.000 mortes diárias e vacinou apenas 6,3% (primeira dose) seria politicamente insustentável. O Brasil registrou 11,6 milhões de casos de Covid e 282 mil mortos”, afirmou.